Os ossos morrem primeiro, a carne é forte.
Pálida vocação para restos imóveis e gravíssimos!
Os enterrados por dentro da vida, os tímidos,
os empurrados ossos da carne que quer amar.
Mudos como um santo, brancos como a hóstia.
Os hieráticos que dançam por obrigação, só os
ossos – os hóspedes involuntários – perpetuam
em suspenso os nossos mais prudentes pensamentos
e ao ridículo gesso preferem logo uma pá de cal.
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